domingo, 17 de abril de 2011

MEU TESTEMUNHO DE AMOR!

Falo para ti, agora.



Falo para você que vive.

Respira.
Respira.

Vê?
Sim, ESSA é a vida.

Mas, como a Clarice Lispector diz:
“Esta é a vida vista pela vida.”

E às vezes, no meio da vida, a gente não sabe ver a vida direito.

A gente não sabe ler os livros certos, a gente não sabe amar as pessoas corretas (sim, isso existe!), a gente não sabe escutar o que precisa ser escutado.

Então, eu falo para ti, que vive.

Esta vida tão intensa, tão louca, tão caótica, tão capaz de nos desorganizar por dentro.

Esta vida que simplesmente nos ocupa: e nos faz esquecer do essencial.
(Aquilo que é “invisível aos olhos” – segundo o principezinho).

E dá trabalho: esquecer do essencial dá trabalho.
Cuidar do essencial também dá.



E a gente acha que é nossa responsabilidade cuidar do que os outros esperam de nós.
Mas não é.
A nossa responsabilidade é cuidar de nossa felicidade.
É cuidar dos passos que os seus pés dão.
É cuidar do caminho que te leva pela vida.

Seu caminho tem várias interseções: tem interseções com o caminho dos seus pais, dos seus irmãos, dos seus amigos, dos seus filhos, dos seus amores… Mas ele não deixa nunca de ser o SEU caminho.



E disso a gente se esquece.
E às vezes uma vida inteira se passa pausada nesse esquecimento.

Sim, o amor é lindo.
Mas ele só é lindo quando ele é entendido.

E tão poucos entendem o amor!



# O amor não é, jamais, uma via de mão única: ele é compartilhado.
Só é amor quando existe a partilha. Caso contrário, não, não é amor. É um encantamento.

# O amor tem UM objetivo apenas. UMA razão de ser apenas: ele vem para transformar. Enquanto houver transformação, haverá amor.

(ora, se não é exatamente por isso que se diz que amor de pai e mãe é incondicional – justamente porque deve continuar a transformar a vida inteira!
– pais, por favor, se lembrem disso para realmente saberem amar seus filhos;
– filhos, por favor, se lembrem disso para realmente saberem amar seus pais).

Quanto tempo dura um amor?


Ele dura enquanto ele estiver transformando.

Esse amor, esse amor que verdadeiramente transforma, é o amor pelo qual tudo vale: é o amor que une verdadeiramente duas vidas (ou três, ou quatro, ou cinco…), é o amor que trilha uma existência juntos: com a melhor e a mais rica de todas as jornadas: Crescer juntos.

E é realmente tarefa para uma vida, essa.

# O amor não subtrai: ele adiciona.
Não dá para sofrer de amor. Você sofre pela falta de amor. Você sofre pelos caminhos errados ou doloridos de quem se ama. Mas DE AMOR, ninguém sofre.

O amor constrói, sempre.
Aquilo que destrói ou subtrai não é amor.
É fixação, é paixão, é fuga, é desamor.

O amor vem para trazer paz à sua vida.
Por isso, saiba identificar o que não é amor.
E saiba dizer não a isso.

E saiba esperar pelo amor: ele só vem quando você estiver pronta(o).
E não é você quem determina esse tempo.
Saiba esperar e cuidar de você: da sua vida, do seu ser e do tempo que lhe é dado.

A gente fica esperando um desfecho, um “The End” no final da nossa vida. Mas não é assim que acontece. A vida é TODA feita de começos e finais. De Oi’s e Tchau’s. De encontros e despedidas.

As conclusões – elas acontecem várias e várias vezes ao longo da vida.

“No momento da conclusão, podemos tanto nos sentir em desespero — porque não queremos que aquela situação chegue a um fim –, como podemos nos sentir agradecidos e receptivos ao fato de que a vida é cheia de conclusões e de novos começos.
O que quer que tenha estado absorvendo o seu tempo e sua energia, agora está chegando ao fim.
Ao concluir isso, você estará criando condições para que alguma coisa nova possa começar.
Use essa pausa momentânea para celebrar ambas as coisas: o encerramento do velho e a chegada do novo.”

- Osho

Não queira que a vida seja UMA coisa.
Assim você estará sempre passível de se sentir frustrada(o).

# A vida nunca é “ou” – ela sempre é “e”.
A vida nunca é Tristeza ou Alegria – Ela é Tristeza e Alegria.

Saiba valorizar o “pacote completo”.
A vida, por ser meio de amor, tem a mesma função do amor: TE TRANSFORMAR.

Assim, saiba entender o real por quê das coisas da tua vida: saiba ouvir o que a vida te diz, saiba deixar que ela te transforme: a vida tem a função de nos transformar por dentro como inevitavelmente transformará nosso corpo por fora.

Mas a transformação externa (do corpo que envelhece) é involuntária.
Ao passo que a transformação interna (da alma que cresce) é completamente voluntária.

# Você é responsável pela sua vida e pelo o que você faz dela: veja, a vida é cheia de desastres, de dores, de corações partidos e preocupações. E, por isso mesmo, a vida é cheia de oportunidades de crescimento!

Ninguém cresce no júbilo!
É necessária a frustração do engatinhar para que aprendamos a andar. – Essa metáfora te serve para a vida inteira!



É na dor, que o entendimento aparece.
É durante a escuridão, que surge a necessidade da luz.
É na dificuldade que você escolhe a si mesma(o) e se torna responsável por seu caminho.

“Pode parecer um desastre, mas siga em frente como se fosse uma oportunidade, um desafio.
Se você trouxer amor a esse momento – e não desestímulo – perceberá que a força está ali.
Depois, ao analisar a sua vida em retrospectiva, verá que os momentos que pareceram grandes fracassos seguidos de destroços foram os incidentes que moldaram a sua vida.
Nada que não seja positivo pode acontecer por você.”

- Campbell

Mas, como disse a Clarice: “esta é a vida vista pela vida.”
E goste ou não, aceite ou não, assuma ou não: teus passos são tua responsabilidade.
As oportunidades de transformação virão sempre: mas também sempre será necessário o teu ‘sim’ ou o teu ‘não’.
O teu amor ou o teu desamor.
A vida é assim: dá trabalho.
Então, respira.
Respira.
E olha para os amores que existem ao teu redor e as transformações que eles te oferecem.
A vida dá a mão para quem dá a mão a ela.

Esse é o meu testemunho de amor por você.

E tenho dito!.

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